Editorial Lua de Papel
Fecha de edición septiembre 2016 · Edición nº 1
Idioma portugués
EAN 9789892336695
336 páginas
Libro
encuadernado en tapa blanda
António Costa gosta de puzzles, de preferência com milhares de peças. No xadrez político, e apesar do temperamento irascível, revela igual paciência. Quando no dia 4 de outubro de 2016 perdeu as eleiç es, já estava preparado, sabia o que tinha a fazer. Passados 54 dias, ao ser nomeado primeiro-ministro, pode ter surpreendido muita gente - mas n o quem o conhece de perto. Porque, lá está, Costa é um mestre a montar puzzles. Ou geringonças. Ou o que for necessário para alcançar os objetivos. E o seu desígnio era ser primeiro-ministro. Suspeitava que n o iria vencer as eleiç es, mas só um resultado o impediria de tentar chegar ao poder: a maioria absoluta da direita. Conversou, inquiriu, tomou o pulso aos rivais e aliados. Foi semeando a mensagem: mesmo derrotado, tentaria unir a esquerda em torno do seu governo.
N o foi fácil, como mostram Márcia Galr o e Rita Tavares. As jornalistas falaram com quase meia centena de intervenientes diretos e indiretos nestas negociaç es históricas. E relatam neste livro os principais passos de Costa, apoiado sempre na certeza de que os comunistas - inimigos históricos do PS - estavam disponíveis para negociar. Acompanhamos Costa (e aliados) às salas de hotéis, a S o Bento ou ao Largo do Rato. Espreitamos as reuni es do Comité Central. Ficamos a saber do telefonema entre Costa e Francisco Louç no dia anterior às eleiç es ou o encontro secreto em casa de Ana Catarina Mendes. E apercebemo-nos de que aqueles dias foram, na verdade, o corolário de um trabalho de décadas. A construir alianças e a sacrificar amigos.
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