Eduardo Lourenço

Ensaísta português, nasceu a 29 de Maio de 1923, em S. Pedro de Rio Seco, Almeida. Formado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Universidade de Coimbra, onde foi professor entre 1947 e 1953, leccionou depois em várias universidades, como a da Baía, no Brasil, e nas Universidades de Hamburgo, Heidelberg, Montpellier, Grenoble e Nice. Fixando residência em Vence, leccionou, até à sua jubilaç o, na Universidade de Nice.
Tendo marcado durante cinquenta anos, com especial ressonância no pós-25 de Abril, o pensamento português, a voz de Eduardo Lourenço exerce um profundo e consensual fascínio sobre a intelectualidade portuguesa, surpreendendo pela "capacidade de ser portador de um olhar sempre diferente e inquietante sobre os problemas de que se ocupa", espantando pela "pluralidade de interesses, a imensid o de uma cultura que n o se entrincheira em redutos de erudiç o, o jogo ilimitado das referências" (cf. COELHO, Eduardo Prado - "Eduardo Lourenço: Um Rio Luminoso", in A Mecânica dos Fluídos, Lisboa, INCM, 1984, p. 280).
Em complementaridade com o trabalho de crítica literária, o ensaísmo de Eduardo Lourenço revela uma particular preocupaç o na análise das autognoses colectivas que a cultura literária e artística espelham, reflex o que, desde O Labirinto da Saudade até Poesia e Metafísica, examinando "as imagens que de nós mesmos temos forjado", culminaria com uma interrogaç o sobre o destino português, n o só no modo como ele é percepcionado nas obras e no nome de alguns dos seus vultos mais representativos (Cam es, Antero e, sobretudo, Pessoa), mas, de forma mais abrangente, em volumes como Portugal Como Destino Seguido de Mitologia da Saudade (1999), sobre o modo como esse destino é miticamente sobredeterminado. Considerando, do exterior (português fora de Portugal), o destino português, Eduardo Lourenço consegue, neste último volume, fazer concorrer todo o seu saber (histórico, filosófico, literário), para formular, no fim de século, sem qualquer intuito doutrinário, uma imagem imparcial do ser português, na sua singularidade e universalidade, espelho, onde, observando-se, pode conhecer-se e aceitar-se "tal como foi e é, apenas um povo entre os povos. Que deu a volta ao mundo para tomar a medida da sua maravilhosa imperfeiç o.


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