Adoecer

Adoecer

Correia, Hélia

Editorial Relogio D'Agua
Fecha de edición noviembre 2010

Idioma inglés

EAN 9789896411602
296 páginas
Libro


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P.V.P.  17,00 €

Sin ejemplares (se puede encargar)

Resumen del libro

Havia nela como que uma falha que provinha talvez da exaust o e da deficiência alimentar, dando-lhe um ar furtivo, de gazela, que fez cair as apresentaç es. Lizzie passou para detrás da porta abandonada que servia de biombo e regressou vestida de rapaz. Apanhara o cabelo sobre a nuca. Mostrava as pernas e isso produzia um curioso efeito assexuado. Gabriel adiantou-se e começou a ocupar-se da figura que faltava, n o nos papéis de esboço, mas na tela. As personagens masculinas já se achavam muito avançadas. Ele posara para o bobo. Os pré-rafaelitas provocavam situaç es de entreajuda em que existia, a par de exibiç o, sinceridade. Deverell e Millais arrefeciam, de pé, imóveis e a perder entusiasmo. Viam em Lizzie a rapariga magra e de feiç es irregulares que até ent o n o tinham visto. A narrativa de Walter, que avassalara o próprio narrador, deixava de exercer influência e a temperatura dos seus corpos ressentia-se. Esfregavam os braços, percebendo toda a impiedade do Inverno. Observavam Rossetti e Miss Sid que estavam sós, naquilo que talvez fosse o encontro do pintor com o modelo. Porém sentiam desconforto, como se presenciassem uma cena íntima. Lizzie, que mantivera a posiç o sem vacilar nos dias anteriores, vergava as costas, inclinada para o ch o. Era um abatimento poderoso sob o qual circulava alguma glória. John Everett Millais compreendeu a origem do fascínio de Miss Sid. Tinha um corpo selado na tragédia, um apetite sacrificial. Hei-de pintar esta mulher , pensou. Imaginava-a num cenário de narcisos. N o sabia que estava a vê-la morta.
Depois de Lillias Fraser (2001), "Adoecer"; n o há nenhum romancista português de agora a escrever com esta grandeza soberana. Ficç o biográfica sobre Elizabeth Siddal (1829-1862), artista e musa dos pintores pré-rafaelitas, investiga com empatia e detalhe uma corrente "doentia" da cultura e da alma inglesas, que Hélia bem conhece, mas é também um retrato do romantismo como patologia exaltante.
Ípsilon, Público
...um prodígio da linguagem, escrito por uma Hélia Correia em estado de graça.
Revista LER
Este novo romance de Hélia deveria ser de obrigatória leitura para todos os aspirantes à arte da escrita literária...
Miguel Real, Jornal de Letras
...uma biografia romanceada sem espartilhos, entre o rigor dos factos e o voo da imaginaç o, um modelo de virtudes para a Literatura.
Maria Leonor Nunes, Jornal de Letras
...a escrita é seguríssima, triunfante, com aforismos de um desplante agustiniano. Quase sem diálogos, o texto aposta na recriaç o magistral de cenas e quadros ingleses, na desmontagem das mitologias, no fulgurante e enigmático entendimento entre personagens doentias.
Pedro Mexia, Público, ípsilon







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